domingo, 20 de setembro de 2009

Distância?

Que distância?
Tem gente que está aí, ó
E parece que vive em outro planeta
com outras pessoas,
outros costumes,
outro idioma,
outra vida.

Distância?
Que distância?
Se para estar perto basta o pensamento
e o amor
e o ressentimento
e a mágoa
e a lembrança
e a saudade absurda de tão presente

Distância?
Claro, a distância
Que existe
Que precisa existir
A liberdade é um terreno fértil
para o cultivo das idéias loucas
que ajudam cada um a evoluir
a se diferenciar


* perdeu-se o fio da meada... e o risco de cair no piegas obrigou a autora desses versos a se abster do final.

domingo, 13 de setembro de 2009

Não me pertmitiram ler uma frase sequer.
Me deram adeus antes do bem-vindo
Riram dos meus cabelos crespos
Da minha timidez
Dos traumas da adolescência
E daquelas duas pintinhas no meu queixo

Botaram uma placa
Rabiscaram meus escritos
Queimaram as fotos
os filmes, as fitas
Meu Deus, me deixaram nua

Falaram por aí que sumi
Perdi a cabeça
Que comecei a ouvir artistas independentes
Cordas, violões, madeiras, vozes anônimas
E sorrisos irradiantes
Irradiando o ineditismo

Procuraram saber
Não conseguiram
Procuraram história
Acharam muitas
Perdidas entre as mentiras e verdades
Dos que nunca se aventuraram

A boca seca
O olhar avermelhado
A areia
E o céu estrelado
E lá do fundo o canto de Iemanjá
E aqui no peito a loucura de Ogum