Não me pertmitiram ler uma frase sequer.
Me deram adeus antes do bem-vindo
Riram dos meus cabelos crespos
Da minha timidez
Dos traumas da adolescência
E daquelas duas pintinhas no meu queixo
Botaram uma placa
Rabiscaram meus escritos
Queimaram as fotos
os filmes, as fitas
Meu Deus, me deixaram nua
Falaram por aí que sumi
Perdi a cabeça
Que comecei a ouvir artistas independentes
Cordas, violões, madeiras, vozes anônimas
E sorrisos irradiantes
Irradiando o ineditismo
Procuraram saber
Não conseguiram
Procuraram história
Acharam muitas
Perdidas entre as mentiras e verdades
Dos que nunca se aventuraram
A boca seca
O olhar avermelhado
A areia
E o céu estrelado
E lá do fundo o canto de Iemanjá
E aqui no peito a loucura de Ogum
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