Apesar de todas as críticas e rótulos que já me colocaram e me colocam todos os dias, eu sei que não passo de uma pessoa romântica. Daquele tipo bobo e sentimental. Mas o tempo e os fatos me fizeram esconder certos aspectos da minha personalidade. É isso.
E é por orgulho e aprendizado que não vai me ver correndo atrás de você. Telefonemas, mensagens, emails, visitas-surpresa... Para quê? Para dar mais chances de meu coração amanhacer em pedaços? Ó, sentimentalismo... Cresci lendo os sonetos de Shakespeare e me apaixonando pelos versos de Fernando Pessoa. Mais tarde, me encantei por Capitu, Helena, Teresa... E sempre era assim, o amor nunca triunfou no final. E, por isso, recuso a loucura romântica de Werther. Quero o menor dos sofrimentos e a maior das felicidades, mesmo que fugaz.
Mas, como qualquer romântico, se você jurar que me tem amor eu me regenero. Esqueço das ações frias, falas secas e volto a acreditar na imortalidade desse sentimento cego, surdo e burro.
segunda-feira, 30 de março de 2009
sábado, 28 de março de 2009
Feios, sujos e malvados por Adriana Facina 26/03/2009
A recente cobertura da grande mídia sobre as favelas cariocas têm me chamado atenção. Pauta obrigatória e diária, as favelas aparecem ora como ameaça ecológica, ora como alvo de políticas públicas que são consideradas bem sucedidas e, nesta semana, como focos da violência que se expande pelo asfalto e assusta os moradores de bairros tradicionais da Zona Sul. Em todas as notícias, muitas mentiras são continuamente reiteradas, demonstrando, ao mesmo tempo, uma intenção ideológica clara de criminalizar a população favelada e defender soluções coercitivas para seu controle (vide as ocupações policiais do Dona Marta e da Cidade de Deus), bem como um olhar de classe média que informa a cobertura jornalística. Os repórteres e editores possuem um estranhamento tão profundo em relação ao mundo dessas populações que raramente aguçam ouvidos e olhos para perceber essas realidades sob outros ângulos. Desse modo, vários clichês são repetidos como verdades inquestionáveis.
A própria idéia de crime organizado deve ser vista com cuidado. Se existe crime organizado, certamente ele não está nas favelas. As facções são baseadas em alianças frágeis, muito dependentes do perfil dos “donos do morro”, autoridades sempre mais ou menos efêmeras que ditam as regras e definem o ambiente das comunidades. De acordo com isso, uma mesma favela pode ter um clima mais neurótico ou mais tranqüilo. Outros fatores também entram aí, como a ameaça de invasão policial ou miliciana ou mesmo de outra facção. Mesmo dentro de um mesmo comando, há rivalidades e invasões por grupos rivais em geral são gestados dentro do próprio grupo que está no comando da favela invadida, por aqueles que são considerados “traíras”. Estes são movidos pela ambição de tomar o lugar do chefe. Essa instabilidade demonstra que o crime dentro das favelas está longe de ser organizado, ainda que existam hierarquias, regras, condutas que estruturam esses coletivos.
Organizada é a chegada da droga nas favelas. Recentemente, foi veiculado na imprensa que uma mesma organização vende a droga para facções rivais do Rio. Essas drogas chegam em fluxo contínuo e mesmo em períodos de “guerra” continuam a ser vendidas. Ao argumento de que o crime realmente organizado está fora das favelas, já que nelas não se produzem entorpecentes e nem armas, se responde com a denúncia da existência de um suposto laboratório de refino de cocaína na Rocinha, o que os moradores da localidade negam, e que na própria mídia aparece como sendo um local onde se mistura cocaína pura a farinha ou outras substâncias para ampliar os lucros de quem a vende. “Malhar” cocaína é bem diferente de refiná-la, processo complicado que, ao que parece, não é a especialidade brasileira na divisão do trabalho que apóia o comércio internacional da substância.
Organizada é a venda das armas que vão parar nas mãos daqueles que são responsáveis pelo varejo da droga. O arsenal que qualquer um que entra nas favelas onde há venda de drogas pode ver chega em parte pelas mãos das próprias forças estatais. Não são poucas as histórias de seqüestro de fuzis, com pedido de resgate para devolvê-los, feitos por aqueles que se dizem ao lado da lei. Organizada também é a produção dessas armas e a sua distribuição pelo mundo. Nenhuma das grandes armas que se vêm nas favelas: AR-15s, AKs, G3, etc são produzidas no Brasil. São empresas multinacionais, totalmente legalizadas, que fabricam essas armas massivamente, independentemente de seus países estarem ou não em guerra. Essas armas são fabricadas sem controle, em uma quantidade que, para tornar sua comercialização lucrativa, precisa de grandes e pequenas guerras sendo fomentadas cotidianamente no mundo. Nossa “guerra particular” é fundamental nisso e o proibicionismo em relação à venda e consumo de drogas é um combustível essencial. Mais armas pros comerciantes, mais armas para o Estado combater os comerciantes. Dinheiro que poderia ser investido na saúde, educação, cultura, emprego para de fato combater as causas da violência. Hoje o que se gasta para combater o comércio e o consumo das substâncias proibidas é mais do que se gastaria em saúde pública para tratar os drogadictos caso seu uso fosse liberado.
Organizada também é a entrada do dinheiro ilegal do tráfico internacional de drogas e armas no sistema financeiro. Os bancos, instituições financeiras do mundo “legal”, recebem esse dinheiro e ajudam assim a limpá-lo, permitindo que ele vá alimentar legalidades e ilegalidades que são parte de uma mesma coisa sob o capitalismo financeirizado. Dito de outra maneira, não é possível existir tráfico de drogas, seja o grande tráfico internacional seja o varejo das favelas, sem a conivência das instituições financeiras.
Isso demonstra o quanto é falsa e mistificadora a culpabilização dos usuários de drogas pela violência gerada pela presença e uso de armas de grosso calibre por toda a cidade. O consumo de maconha, por exemplo, é histórico entre as camadas populares de nossa cidade, compondo estilos de vida e assumindo sentidos culturais negados pelo proibicionismo. Quanto à classe média, tal consumo se difundiu sobretudo no esteio da contracultura, a princípio como contestação à sociedade de consumo e depois adquirindo novos significados, mas sempre com algum resquício de rebeldia. No caso dos chamados viciados, sobretudo em pó e crack, são pessoas que merecem tratamento, pois são portadores de uma doença que deve ser vista como problema de saúde pública e não como resultado de falhas de caráter. Dizer que esses são os vilões que estão por trás dos muitos tiros que foram trocados na esquina da Toneleiros com Santa Clara é uma maneira confortável de simplificar as coisas, desresponsabilizar o Estado e sua fracassada política de combate ao crime e obscurecer a importância daqueles que verdadeiramente lucram com essas “guerras” que aumentam a venda de armas e jornais.
Algumas perguntas ficam sem respostas. Por que, por exemplo se elegem as favelas como o palco do combate ao comércio de drogas? Todos sabem que o comércio e consumo de substâncias ilegais correm soltos em boates freqüentados pela classe média e classe média alta carioca e no entanto não existem registros de “operações” realizadas nessas localidades. Nem em condomínios de luxo onde se consomem drogas e que também invadem áreas de mata atlântica, poluem lagoas e mares numa escala muito mais ameaçadora do que os barracos das favelas. Por que os inimigos da sociedade foram eleitos entre aqueles para quem o comércio varejista de drogas é emprego, é alternativa de uma vida sem muitas alternativas? A grande maioria dos jovens que hoje empunham as armas nas favelas não têm acesso à educação de qualidade, à saúde, ao emprego digno, à equipamentos culturais públicos ou privados ( muitos jamais foram ao cinema, por exemplo). São esses os inimigos da sociedade?
Em meio a essas reflexões, lembrei de uma frase de Bertolt Brecht: “Aquele que desconhece a verdade é simplesmente um ignorante, mas aquele que a conhece e a chama de mentira é um criminoso.” Brechtianamente, cabe perguntar: De quantos crimes cotidianos é feito o combate ao crime no Rio de Janeiro?
*Adriana Facina, antropóloga membro do Observatório da Indústria Cultural
A própria idéia de crime organizado deve ser vista com cuidado. Se existe crime organizado, certamente ele não está nas favelas. As facções são baseadas em alianças frágeis, muito dependentes do perfil dos “donos do morro”, autoridades sempre mais ou menos efêmeras que ditam as regras e definem o ambiente das comunidades. De acordo com isso, uma mesma favela pode ter um clima mais neurótico ou mais tranqüilo. Outros fatores também entram aí, como a ameaça de invasão policial ou miliciana ou mesmo de outra facção. Mesmo dentro de um mesmo comando, há rivalidades e invasões por grupos rivais em geral são gestados dentro do próprio grupo que está no comando da favela invadida, por aqueles que são considerados “traíras”. Estes são movidos pela ambição de tomar o lugar do chefe. Essa instabilidade demonstra que o crime dentro das favelas está longe de ser organizado, ainda que existam hierarquias, regras, condutas que estruturam esses coletivos.
Organizada é a chegada da droga nas favelas. Recentemente, foi veiculado na imprensa que uma mesma organização vende a droga para facções rivais do Rio. Essas drogas chegam em fluxo contínuo e mesmo em períodos de “guerra” continuam a ser vendidas. Ao argumento de que o crime realmente organizado está fora das favelas, já que nelas não se produzem entorpecentes e nem armas, se responde com a denúncia da existência de um suposto laboratório de refino de cocaína na Rocinha, o que os moradores da localidade negam, e que na própria mídia aparece como sendo um local onde se mistura cocaína pura a farinha ou outras substâncias para ampliar os lucros de quem a vende. “Malhar” cocaína é bem diferente de refiná-la, processo complicado que, ao que parece, não é a especialidade brasileira na divisão do trabalho que apóia o comércio internacional da substância.
Organizada é a venda das armas que vão parar nas mãos daqueles que são responsáveis pelo varejo da droga. O arsenal que qualquer um que entra nas favelas onde há venda de drogas pode ver chega em parte pelas mãos das próprias forças estatais. Não são poucas as histórias de seqüestro de fuzis, com pedido de resgate para devolvê-los, feitos por aqueles que se dizem ao lado da lei. Organizada também é a produção dessas armas e a sua distribuição pelo mundo. Nenhuma das grandes armas que se vêm nas favelas: AR-15s, AKs, G3, etc são produzidas no Brasil. São empresas multinacionais, totalmente legalizadas, que fabricam essas armas massivamente, independentemente de seus países estarem ou não em guerra. Essas armas são fabricadas sem controle, em uma quantidade que, para tornar sua comercialização lucrativa, precisa de grandes e pequenas guerras sendo fomentadas cotidianamente no mundo. Nossa “guerra particular” é fundamental nisso e o proibicionismo em relação à venda e consumo de drogas é um combustível essencial. Mais armas pros comerciantes, mais armas para o Estado combater os comerciantes. Dinheiro que poderia ser investido na saúde, educação, cultura, emprego para de fato combater as causas da violência. Hoje o que se gasta para combater o comércio e o consumo das substâncias proibidas é mais do que se gastaria em saúde pública para tratar os drogadictos caso seu uso fosse liberado.
Organizada também é a entrada do dinheiro ilegal do tráfico internacional de drogas e armas no sistema financeiro. Os bancos, instituições financeiras do mundo “legal”, recebem esse dinheiro e ajudam assim a limpá-lo, permitindo que ele vá alimentar legalidades e ilegalidades que são parte de uma mesma coisa sob o capitalismo financeirizado. Dito de outra maneira, não é possível existir tráfico de drogas, seja o grande tráfico internacional seja o varejo das favelas, sem a conivência das instituições financeiras.
Isso demonstra o quanto é falsa e mistificadora a culpabilização dos usuários de drogas pela violência gerada pela presença e uso de armas de grosso calibre por toda a cidade. O consumo de maconha, por exemplo, é histórico entre as camadas populares de nossa cidade, compondo estilos de vida e assumindo sentidos culturais negados pelo proibicionismo. Quanto à classe média, tal consumo se difundiu sobretudo no esteio da contracultura, a princípio como contestação à sociedade de consumo e depois adquirindo novos significados, mas sempre com algum resquício de rebeldia. No caso dos chamados viciados, sobretudo em pó e crack, são pessoas que merecem tratamento, pois são portadores de uma doença que deve ser vista como problema de saúde pública e não como resultado de falhas de caráter. Dizer que esses são os vilões que estão por trás dos muitos tiros que foram trocados na esquina da Toneleiros com Santa Clara é uma maneira confortável de simplificar as coisas, desresponsabilizar o Estado e sua fracassada política de combate ao crime e obscurecer a importância daqueles que verdadeiramente lucram com essas “guerras” que aumentam a venda de armas e jornais.
Algumas perguntas ficam sem respostas. Por que, por exemplo se elegem as favelas como o palco do combate ao comércio de drogas? Todos sabem que o comércio e consumo de substâncias ilegais correm soltos em boates freqüentados pela classe média e classe média alta carioca e no entanto não existem registros de “operações” realizadas nessas localidades. Nem em condomínios de luxo onde se consomem drogas e que também invadem áreas de mata atlântica, poluem lagoas e mares numa escala muito mais ameaçadora do que os barracos das favelas. Por que os inimigos da sociedade foram eleitos entre aqueles para quem o comércio varejista de drogas é emprego, é alternativa de uma vida sem muitas alternativas? A grande maioria dos jovens que hoje empunham as armas nas favelas não têm acesso à educação de qualidade, à saúde, ao emprego digno, à equipamentos culturais públicos ou privados ( muitos jamais foram ao cinema, por exemplo). São esses os inimigos da sociedade?
Em meio a essas reflexões, lembrei de uma frase de Bertolt Brecht: “Aquele que desconhece a verdade é simplesmente um ignorante, mas aquele que a conhece e a chama de mentira é um criminoso.” Brechtianamente, cabe perguntar: De quantos crimes cotidianos é feito o combate ao crime no Rio de Janeiro?
*Adriana Facina, antropóloga membro do Observatório da Indústria Cultural
quarta-feira, 25 de março de 2009
Meu pai
Eu já postei algo aqui sobre o guerreiro Ogum e sua história. Ogum, São Jorge, tanto faz. O que importa é que é símbolo de coragem, força, perseverança... É um guerreiro que não desiste dos seus objetivos, não deixa ninguém derrubá-lo e enfrenta e destrói os monstros que encontra pelo caminho. Para mim, é isso.
Ouvi essa música no táxi. A primeira vez parei e tentei prestar atenção na letra, me arrepiei... Muito louco.
Peço licença, meu pai. Muita luz e coragem no meu caminho.
Eu sou descendente zulu
Sou um soldado de ogum
Um devoto dessa imensa legião de Jorge
Eu sincretizado na fé
Sou carregado de axé
E protegido por um cavaleiro nobre
Sim vou à igreja festejar meu protetor
E agradecer por eu ser mais um vencedor
Nas lutas nas batalhas
Sim vou ao terreiro pra bater o meu tambor
Bato cabeça firmo ponto sim senhor
Eu canto pra ogum
Ogumm
Um guerreiro valente que cuida da gente que sofre demais
Ogumm
Ele vem de aruanda ele vence demanda de gente que faz
Ogumm
Cavaleiro do céu escudeiro fiel mensageiro da paz
Ogumm
Ele nunca balança ele pega na lança ele mata o dragão
Ogumm
É quem da confiança pra uma criança virar um leão
Ogumm
É um mar de esperança que traz abonança pro meu coração
(Jorge Ben Jor)
Deus adiante paz e guia
Encomendo-me a Deus e a virgem Maria minha mãe ..
Os doze apóstolos meus irmãos
Andarei nesse dia nessa noite
Com meu corpo cercado vigiado e protegido
Pelas as armas de são Jorge
São Jorge sendo com praça na cavalaria
Eu estou feliz porque eu também sou da sua companhia
Eu estou vestido com as roupas e as armas de Jorge
Para que meus inimigos tendo pé não me alcancem
Tendo mãos não me pegue não me toquem
Tendo olhos não me enxerguem
E nem em pensamento eles possam ter para me fazerem mal
Armas de fogo o meu corpo não alcançara
Facas e lanças se quebrem se o meu corpo tocar
Cordas e correntes se arrebentem se ao meu corpo amarrar
Pois eu estou vestido com as roupas e as armas de Jorge
Jorge é da Capadócia.
*
CORAGEM
FORÇA
PERSEVERANÇA
Ouvi essa música no táxi. A primeira vez parei e tentei prestar atenção na letra, me arrepiei... Muito louco.
Peço licença, meu pai. Muita luz e coragem no meu caminho.
Eu sou descendente zulu
Sou um soldado de ogum
Um devoto dessa imensa legião de Jorge
Eu sincretizado na fé
Sou carregado de axé
E protegido por um cavaleiro nobre
Sim vou à igreja festejar meu protetor
E agradecer por eu ser mais um vencedor
Nas lutas nas batalhas
Sim vou ao terreiro pra bater o meu tambor
Bato cabeça firmo ponto sim senhor
Eu canto pra ogum
Ogumm
Um guerreiro valente que cuida da gente que sofre demais
Ogumm
Ele vem de aruanda ele vence demanda de gente que faz
Ogumm
Cavaleiro do céu escudeiro fiel mensageiro da paz
Ogumm
Ele nunca balança ele pega na lança ele mata o dragão
Ogumm
É quem da confiança pra uma criança virar um leão
Ogumm
É um mar de esperança que traz abonança pro meu coração
(Jorge Ben Jor)
Deus adiante paz e guia
Encomendo-me a Deus e a virgem Maria minha mãe ..
Os doze apóstolos meus irmãos
Andarei nesse dia nessa noite
Com meu corpo cercado vigiado e protegido
Pelas as armas de são Jorge
São Jorge sendo com praça na cavalaria
Eu estou feliz porque eu também sou da sua companhia
Eu estou vestido com as roupas e as armas de Jorge
Para que meus inimigos tendo pé não me alcancem
Tendo mãos não me pegue não me toquem
Tendo olhos não me enxerguem
E nem em pensamento eles possam ter para me fazerem mal
Armas de fogo o meu corpo não alcançara
Facas e lanças se quebrem se o meu corpo tocar
Cordas e correntes se arrebentem se ao meu corpo amarrar
Pois eu estou vestido com as roupas e as armas de Jorge
Jorge é da Capadócia.
*
CORAGEM
FORÇA
PERSEVERANÇA
Paralamas
Como sempre, eu perco tempo vendo/lendo um bando de outras coisas e fico sem tempo para escrever algo decente.
Mas, então, vi um documentário sobre o Paralamas do Sucesso e fiquei fascinada pela história da banda e pelo exemplo de superação do Herbet (ou herbert?, ou hebert?). O cara é o cara, apesar de um pouco arrogante, mas é o cara.
As letras da músicas são ótimas e a energia da fase dos anos 80 é sensacional. Não é uma das bandas que mais gosto, mas é legal ouvir de vez em quando.
Uau! O youtube permite aumentar a janela do vídeo. Show!
Então, essa música aqui eu toquei no 2º grau junto com um professor meu, o andré. Na época, eu tocava com ele e a gente se apresentou num festival, foi legal. E eu nem sabia que era uma música do paralamas.
Mas, então, vi um documentário sobre o Paralamas do Sucesso e fiquei fascinada pela história da banda e pelo exemplo de superação do Herbet (ou herbert?, ou hebert?). O cara é o cara, apesar de um pouco arrogante, mas é o cara.
As letras da músicas são ótimas e a energia da fase dos anos 80 é sensacional. Não é uma das bandas que mais gosto, mas é legal ouvir de vez em quando.
Uau! O youtube permite aumentar a janela do vídeo. Show!
Então, essa música aqui eu toquei no 2º grau junto com um professor meu, o andré. Na época, eu tocava com ele e a gente se apresentou num festival, foi legal. E eu nem sabia que era uma música do paralamas.
segunda-feira, 23 de março de 2009
Brincadeira de criança
É um jogo
lúdico
Me perco nas tuas palavras
nos teus sons articulados
Sobre o que nunca foi
E se eu voltar
me perco
porque não é mais meu lar
Brinca com os meus sons
Os muitos sons que consigo articular
Invade meus sonhos
Me perturba
A troco de quê?
Se minhas palavras não têm peso
Se meus sons são desafinados
Se meus textos desconexos
E essa espera sem lógica.
sábado, 21 de março de 2009
Vida de adulto
* TRecho de uma discussão do grupo.
O meu trabalho gera uma exposição tão grande.. E eu nunca pensei/quis trabalhar com isso, mas, como muitos já fizeram/fazem aqui, eu deixei a vida me levar e acabei chegando nessa função. Eu sou repórter e além de ter que ouvir as críticas de pessoas que mal me conhecem ou sabem das dificuldades que passo no dia-a-dia, eu tenho que aceitar as minhas próprias críticas. E ainda ficar tranquila com meus erros, pois se eu errar e ficar nervosa, posso perder o controle e estragar o meu trabalho. O canal pode ser pequeno, mas imagine mil pessoas te olhando, reparando nas tuas manias, analisando tua voz...
Muitos podem achar que eu só quero me vangloriar do meu emprego ou sei lá mais o que pode passar pela cabeça de alguns, mas imaginem o tanto de coisa que se tem que enfrentar para alcançar um sonho, quantos sapos tem que engolir. É botar a cara a tapa todos os dias sem se importar com os preconceitos de beleza, cor, sexo, e saber se perdoar pelos erros que também acontecem todo o dia. E, ainda, estar preparado para todos os preconceitos e erros que virão.
Se há uma coisa que eu aprendi muito nesse tempo de trabalho foi aceitar as diferenças. No jornalismo esportivo há muita gente preconceituosa, seja para se inserir num grupo, seja por alienação ou pelo simples prazer de excluir/maltratar alguém diferente, com gostos diferentes.
Agora, será que alguém sabe como é difícil impor seus ideais num meio em que as coisas funcionam de maneira oposta ao que você pensa? Como fazer com que pessoas que possuem um amor cego por futebol percebam que há outros esportes? Como mostrar um lado mais humano do esporte se a mídia esportiva funciona mostrando o esporte como uma máquina de resultados? São milhões de coisas que gostaria de mudar e me fizeram escolher essa área para trabalhar e por tudo isso costumo dizer que tenho uma missão. Mas, hoje, eu sei que ainda preciso baixar a cabeça para muita gente e engolir muito sapo para um dia conseguir alcançar o que eu quero. E ainda tomar muito cuidado para não corromperem meus ideais, o que é bastante difícil, afinal, “o ser humano é um Produto do meio em que ele vive”. E acreditem, amigos, vocês e esses papos-cabeça são fundamentais para que eu não me esqueça dos meus ideais.
Geralmente, eu não gosto de me expor dessa forma, mas eu queria usar como exemplo algo que eu vivo. Gente, vida adulta é isso: trabalho, família, estudo, saúde, amores... É tudo isso junto e saber levar numa boa todos os problemas/tragédias/frustrações que possam aparecer. E também, claro, saber comemorar as vitórias, o que pra mim é o mais difícil, porque quando conquisto alguma coisa percebo que ainda há muito pela frente.
Alguém disse "ser adulto é se responsabilizar por suas próprias ações e suas consequências". Para mim, ser adulto não é estar num caminho certo, ser sempre o certo, fazer sempre o certo. É escolher um caminho e aceitar que ele pode estar errado e saber voltar ou ser maduro o suficiente para pedir ajuda.
O meu trabalho gera uma exposição tão grande.. E eu nunca pensei/quis trabalhar com isso, mas, como muitos já fizeram/fazem aqui, eu deixei a vida me levar e acabei chegando nessa função. Eu sou repórter e além de ter que ouvir as críticas de pessoas que mal me conhecem ou sabem das dificuldades que passo no dia-a-dia, eu tenho que aceitar as minhas próprias críticas. E ainda ficar tranquila com meus erros, pois se eu errar e ficar nervosa, posso perder o controle e estragar o meu trabalho. O canal pode ser pequeno, mas imagine mil pessoas te olhando, reparando nas tuas manias, analisando tua voz...
Muitos podem achar que eu só quero me vangloriar do meu emprego ou sei lá mais o que pode passar pela cabeça de alguns, mas imaginem o tanto de coisa que se tem que enfrentar para alcançar um sonho, quantos sapos tem que engolir. É botar a cara a tapa todos os dias sem se importar com os preconceitos de beleza, cor, sexo, e saber se perdoar pelos erros que também acontecem todo o dia. E, ainda, estar preparado para todos os preconceitos e erros que virão.
Se há uma coisa que eu aprendi muito nesse tempo de trabalho foi aceitar as diferenças. No jornalismo esportivo há muita gente preconceituosa, seja para se inserir num grupo, seja por alienação ou pelo simples prazer de excluir/maltratar alguém diferente, com gostos diferentes.
Agora, será que alguém sabe como é difícil impor seus ideais num meio em que as coisas funcionam de maneira oposta ao que você pensa? Como fazer com que pessoas que possuem um amor cego por futebol percebam que há outros esportes? Como mostrar um lado mais humano do esporte se a mídia esportiva funciona mostrando o esporte como uma máquina de resultados? São milhões de coisas que gostaria de mudar e me fizeram escolher essa área para trabalhar e por tudo isso costumo dizer que tenho uma missão. Mas, hoje, eu sei que ainda preciso baixar a cabeça para muita gente e engolir muito sapo para um dia conseguir alcançar o que eu quero. E ainda tomar muito cuidado para não corromperem meus ideais, o que é bastante difícil, afinal, “o ser humano é um Produto do meio em que ele vive”. E acreditem, amigos, vocês e esses papos-cabeça são fundamentais para que eu não me esqueça dos meus ideais.
Geralmente, eu não gosto de me expor dessa forma, mas eu queria usar como exemplo algo que eu vivo. Gente, vida adulta é isso: trabalho, família, estudo, saúde, amores... É tudo isso junto e saber levar numa boa todos os problemas/tragédias/frustrações que possam aparecer. E também, claro, saber comemorar as vitórias, o que pra mim é o mais difícil, porque quando conquisto alguma coisa percebo que ainda há muito pela frente.
Alguém disse "ser adulto é se responsabilizar por suas próprias ações e suas consequências". Para mim, ser adulto não é estar num caminho certo, ser sempre o certo, fazer sempre o certo. É escolher um caminho e aceitar que ele pode estar errado e saber voltar ou ser maduro o suficiente para pedir ajuda.
sexta-feira, 20 de março de 2009
*Case-se comigo
Antes que amanheça
Antes que não pareça tão bom pedido
Antes que eu padeça
Case comigo
Quero dizer pra sempre
Que eu te mereço
Que eu me pareço
Com o seu estilo
E existe um forte pressentimento dizendo
Que eu sem você é como você sem mim
Antes que amanheça, que seja sem fim
Antes que eu acorde e seja um pouco mais assim...*
Não tenho muito o que dizer não...
*Case-se comigo
Antes que amanheça
Antes que não me pareça tão bom partido
Case-se comigo
Antes que eu padeça
Case comigo
Eu quero dizer pra sempre
Que eu te mereço
Que eu me pareço
Com o seu estilo
E existe um forte pressentimento dizendo
Que eu sem você é como você sem mim
Antes que amanheça, que seja sem fim
Antes que eu acorde e seja um pouco mais assim*
Antes que amanheça
Antes que não pareça tão bom pedido
Antes que eu padeça
Case comigo
Quero dizer pra sempre
Que eu te mereço
Que eu me pareço
Com o seu estilo
E existe um forte pressentimento dizendo
Que eu sem você é como você sem mim
Antes que amanheça, que seja sem fim
Antes que eu acorde e seja um pouco mais assim...*
Não tenho muito o que dizer não...
*Case-se comigo
Antes que amanheça
Antes que não me pareça tão bom partido
Case-se comigo
Antes que eu padeça
Case comigo
Eu quero dizer pra sempre
Que eu te mereço
Que eu me pareço
Com o seu estilo
E existe um forte pressentimento dizendo
Que eu sem você é como você sem mim
Antes que amanheça, que seja sem fim
Antes que eu acorde e seja um pouco mais assim*
quarta-feira, 18 de março de 2009
terça-feira, 10 de março de 2009
Ai ai ai ai
E a música que você achava mais brega
Hoje, ela te embala
e te faz chorar...
Tudo se torna tão piegas
Você se torna mais um clichê
Talvez protagonista de alguma novela do sbt
Ou mais um no meio de tantos outros amores findos
Você passa a escrever mais
A olhar mais pro teto
A se perder mais no horizonte
Você percebe que estar sozinho não é tão ruim
E que nunca deixou de sê-lo
Aquilo que provamos quando estamos apaixonados talvez seja o nosso estado normal. O amor mostra ao homem como é que ele deveria ser sempre.
Hoje, ela te embala
e te faz chorar...
Tudo se torna tão piegas
Você se torna mais um clichê
Talvez protagonista de alguma novela do sbt
Ou mais um no meio de tantos outros amores findos
Você passa a escrever mais
A olhar mais pro teto
A se perder mais no horizonte
Você percebe que estar sozinho não é tão ruim
E que nunca deixou de sê-lo
Aquilo que provamos quando estamos apaixonados talvez seja o nosso estado normal. O amor mostra ao homem como é que ele deveria ser sempre.
sexta-feira, 6 de março de 2009
quinta-feira, 5 de março de 2009
Contra nós
Contra tudo
Contra todos
Contra o mundo
Contra todos os clichês
e também a favor de muitos deles
Contra o que você insiste em acreditar
Contra o que eu sinto
Contra esse acaso estúpido
Contra os nossos problemas
e também a favor de muitos deles
Contra o coração acelerado
Contra a saudade
Contra as lembranças
Contra as palavras
e também a favor de muitas delas
Contra essa realidade
Contra essa distância
Contra o que você sempre cisma em me dizer
Contra os meus sentidos
Contra a minha mente
Contra o que eu acredito
Contra tudo que for a favor do nosso futuro.
amo vc.
Contra todos
Contra o mundo
Contra todos os clichês
e também a favor de muitos deles
Contra o que você insiste em acreditar
Contra o que eu sinto
Contra esse acaso estúpido
Contra os nossos problemas
e também a favor de muitos deles
Contra o coração acelerado
Contra a saudade
Contra as lembranças
Contra as palavras
e também a favor de muitas delas
Contra essa realidade
Contra essa distância
Contra o que você sempre cisma em me dizer
Contra os meus sentidos
Contra a minha mente
Contra o que eu acredito
Contra tudo que for a favor do nosso futuro.
amo vc.
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