sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Você

E você com essa cabeça louca que gira, passeia por lugares que desconheço.
Você que dentro de outros vocês se perde
Você que não me vê
Você que finge pairar no ar
Você que alucina com o sol
Você, você e você
Que me acha louca
Que me perde
Que habita
Você-ninguém
que desconhece a vida
a minha

E você? como vai?

A Vida vai bem. Corpo vai bem. Coração vai bem. O dia vai bem. Saúde vai bem. Amiga vai bem. Amigo vai bem. Paquera vai bem. Família vai bem. Tudo vai bem. Eu vou bem.

Apesar de achar um pouco arriscado, escolhi dizer e gritar aos quatro cantos: Tá tudo bem!

E tá mesmo, porque só o que pode acontecer é os pingo da chuva me molha.


Quando o céu estiver preto e das nuvens até as sombras
assombram. (bis)
É só o reflexo do que está acontecendo. Só está
faltando fósforo. Me dê aí!
Não esqueça que nesse momento o vento sacode as
árvores e o clima que fica e o ar agitado.
Dizendo tudo o que pode acontecer. Não escureça nem
esquente a cabeça. Eu sei que você tem argumentos de
querer.
O sol pra pegar sua praia, pra bater sua bola. E a lua
pra ver sua mina, ou só pra ir ali na esquina.
Sem rima, sem rima!
Faça como eu que vou como estou, porque só o que pode
acontecer...
É os pingo da chuva me molha, é os pingo da chuva me
molha!
É os pingo da chuva me molha, é os pingo da chuva me
molha!
É isso que eu digo pra você, pra você e pra você.



*ELisaaa! : *

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Com Qualquer Dois Mil Réis

Você é incapaz, de matar uma muriçoca.
Mas como tem capacidade de mexer meu coração.

E o malandro aqui, com qualquer dois mil réis, põe em
cima uma sandália de responsa e essa camisa de
malandro brasileiro, que me quebra o maior galho.

E o resto é comigo porque a pinta que se toca quando
você se chega. Só porque você chega. Sem nada como
eu!

E esse ano não vai ser igual àquele que passou,
o que passou.

oh oh oh oh oh que passou

Eu gosto muito

Impossível viver sem gostar. Viver e gostar são palavras que possuem forte ligação entre si. Quem vive gosta e quem gosta vive. Não me imagino vivendo sem gostar de algo, de alguém. Eu gosto de muita coisa, de muitos. E gostar muito é apenas conseqüência.

Eu gosto muito do que me faz sentir viva. Gosto muito de sentir o meu corpo em movimento. Gosto muito de correr, saltar... Gosto muito daquilo que me dá liberdade, mas impõe limites. Gosto muito do meu esporte. Gosto muito dos meus pais, da minha família. Gosto muito dos meus amigos, dos meus amores... Todos me dão liberdade e impõe limites. Limites que revelam o quanto gostam de mim e o quanto gosto deles.

Mas eu gosto muito mesmo é de gostar. Gostar de quem gosta de mim, de quem não gosta. Gostar de algum objeto, ou alguma atividade. Gostar de você, gostar de mim. Gostar de gente é o mais prazeroso. Gostar muito é melhor ainda. E eu gosto. Gosto tanto que já não sei se é gostar ou viver.

Ele E Ela I

Não se falavam há muito tempo. Ele devido ao seu projeto nas savanas africanas. Ela devido à sua pesquisa sobre o comportamento humano em relações intensas e efêmeras. Ele possuía um cartão e uma foto. Ela possuía apenas a lembrança de um cartão que escreveu e de uma foto polaroid tremida. Ele resolveu esquecer, mas não conseguiu. Ela tinha esquecido e resolveu lembrar. Ele não entende o que aconteceu. Ela culpa o momento. Ele ainda se importa. Ela não entende como alguém pode se importar. Ele viveu o suficiente para perceber como é difícil encontrar. Ela nem imagina. Ele encontrou uma estrela-do-mar. Ela, um cavalo-marinho. Ele, por respeito à vida marinha e à liberdade da estrela, devolveu-a ao mar. Ela sequer pegou, apenas deu um aceno e continuou a nadar...

Ele ainda ouve Bach. Ela ainda escreve. Ele conhece o mundo. Ela nunca andou de avião. Ele a levaria a qualquer lugar. Ela tenta desencavar os pés do chão. Ele deu o primeiro passo. Ela deixou o tempo passar. Ele deu o segundo passo. Ela pensou em andar. Ele sabe que existe. Ela finge não acreditar. Ele não tem data para voltar. Ela não entende como tudo tem que se afastar. Ele se sente como um estrangeiro. Ela, como um cartão-postal. Ele sempre esteve lá. Ela nunca quis se mudar. Ele é perfeito com seus defeitos. Ela imperfeita com suas perfeições...

Ele começa a cantar. Ela se preocupa com a rima. Ele sorri sempre que a vê. Ela não sabe o que fazer. Ele sente falta, mas vive bem. Ela só deseja ter alguém. Ele pensa em como teria sido se tivesse dado certo. Ela não crê no certo. Ele está a quilômetros de distância. Ela também. Ele não está sozinho. Ela também. Ele é de todo o mundo. Ela é de ninguém. Ele tinha medo, mas tomou coragem e mandou uma carta. Ela nunca teve medo, mas perdeu a coragem de responder...

Não se falavam há muito tempo. Porém, ele e ela sempre estiveram juntos. Ela ainda não sabe, mas viajou com ele pelas savanas. Ele também não sabe, mas foi o ponto crucial da pesquisa dela, aparece como exceção. Ele olha para a polaroid e não a vê tremida. Ela só pensa em tirar outra foto.

Ele e ela nunca foram eles, mas adorariam ser.

Cansada

*Semana cheia... que bom! : )


Novos baianos é muito bom.

Céu é muito sensual. haha

Maria Rita é bom também.

SOJA então...


*Eu ouço música estrangeira. Mas adoro música brasileira. Sou apaixonada por isso aqui.
E, admito, não costumo gostar muito de pessoas que não gostam da cultura brasileira e acham que nossa música se limita a axé, funk e pagode... Vai ser burro!

aiai.... folgaa!

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Ó, meu mengão!

Sono, fome, preguiça. Tô cansada. Mas não quero dormir.


Final da Taça Guanabara, Flamengo X Botafogo.

Eu, como flamenguista, óbvio, gostei do resultado do jogo - jogo não, jogão. Quem diria (olha ele aí mais uma vez) que o Fogão iria jogar tão bem... Botafogo perdeu porque quis, por nervosismo, despreparo emocional. Tenho que ser sincera, senti pena dos botafoguenses, ô time sangue de barata. E o Bebeto (presidente do fogão) chorando e renunciando ao cargo? Que loucura!

Foi um grande espetáculo!

Enfim,

Tu és time de tradição, raça amor e paixão, ó, meu mengo!

domingo, 24 de fevereiro de 2008

Ave Cruz

Ave Cruz vige crispim
Não tem dó de mim

Inda não ouvi terço
Inda não ouvi quinto
Das novelas de tv
O que há de ser?
Não há letreiro no final pra ver
No meu banheiro
Inda não está equipado
Não tenho jacuzi
Nem chuveiro a vapor
Meu Deus faça o favor
De retornar o recado

Ave Cruz vige crispim
Não tem dó de mim

Inda não ouvi terço
Inda não ouvi quinto
Das novelas de tv
O que há de ser?
Não há letreiro no final pra ver
O meu cabelo insiste
Em acordar despenteado
Inda não está equipado
Não tenho jacuzi
Nem chuveiro a vapor
Meu Deus faça o favor
De retornar o recado

Ave Cruz vige crispim
Não tem dó de mim

Vem ver o Sol nascer

Ouvi alguém me chamando. Uma voz familiar que há muito tempo não ouvia. Foi engano, claro. Mesmo antes de conferir eu já sabia que não, não era. Eu continuei olhando para a rua, observando a chuva fina cair, parada na esquina de uma rua do bairro de ipanema. O que eu estou fazendo aqui? Me vinha à cabeça junto com um turbilhão de coisas. Até que a causa daquela espera e de toda a volta ao passado veio andando vagarosamente de dentro da lanchonete.
Foi então que, parada ali com meu turbilhão de idéias e minha decepção com a humanidade, desejei de todo o coração gritar e gritei "Abre a porta e a janela e vem ver o sol nascer!". Foi instantâneo. Comecei a ouvir um violão bem baixinho e uma voz doce no pé do meu ouvido...
Enquanto eu corria, assim eu ia
eu ia lhe chamar enquanto corria a barca
Por minha cabeça não passava
Só, só, somente só
Assim vou lhe chamar, assim você vai ser
lá lá , lá lá lá , lá
Preta, preta, pretinha
Abre a porta e a janela e vem ver o sol nascer
Eu sou um pássaro que vivo avoando
Vivo avoando sem nunca mais parar
Ai, ai, ai, ai saudade não venha me matar

sábado, 23 de fevereiro de 2008

Jesse Owens - Olimpíada de Berlim, 1936


Romper barreiras. Superar limites.
Acreditar.
*
*
*
Força.
Coragem.
Perseverança.
Fé.

O mundo dá voltas imensas, loucas e lógicas

Eu preciso te dizer uma coisa.
Mas, antes de mais nada, a segunda pessoa aqui não é você. O você, neste caso, é muita gente, até eu.


"Quem diria que hoje estaríamos assim? Eu, transbordando felicidade, e você, sei lá como, mais distantes que a coisa mais distante que conheço".

"Quem diria que hoje estaríamos assim? Eu, me sentindo cada vez mais à vontade, e você, parecendo tão transparente, mais próximos que a coisa mais próxima que eu conheço".

"Quem diria que hoje estaríamos assim? Eu, tão igual a você, e você, tão igual a mim, unidos e sabendo que a coisa mais preciosa que temos é isso, a família".

"Quem diria que hoje estaríamos assim? Eu, meio indiferente a você, e você, menos indiferente a mim, conversando sobre a vida".

"Quem diria que hoje estaríamos assim? Eu, apesar de tudo, feliz sem você, e você, me tirando de vez de sua vida".

"Quem diria que hoje estaríamos assim? Eu, adorando você, e você, me adorando, rindo da vida e adorando isso".

"Quem diria que hoje estaríamos assim? Eu, agradecendo a Deus por ter alguém como você em minha vida, e você, meu eixo, meu guia, tentando não ser isso tudo, e distantes e juntos lutando pela mesma causa e ainda acreditando naquela sensação indescritível".

"Quem diria que hoje estaríamos assim? Eu, no caminho, e você, perdido, vivendo mundos, histórias, épocas, fases, vidas, turmas, tudo diferente".

"Quem diria que hoje estaríamos assim? Eu, me sentindo atraída por você, e você, se sentindo atraído por mim, fingindo não sentir, mas adorando estar junto".

"Quem diria que hoje estaríamos assim? Eu, te amando mais do que nunca, e você, do meu lado e nos meus sonhos, minha paixão, minha missão, movendo minha vida, juntos lutando por um futuro melhor, por dignidade, reconhecimento, espaço e, acima de tudo, suportando todos os obstáculos, todos os 'nãos', as desilusões, passando por cima de tudo, incansáveis e sendo muito felizes por ter algo em que acreditar e por que lutar".


Quem diria que o "quem diria" aparecia tantas vezes em minha vida, com tanta coisa passada, enterrada. E que você ainda seria a minha vida, o caminho que escolhi.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Canto Da Rainha

Tentando esquecer os amargos da vida
Um dia saí
E consegui disfarçar minha solidão
Pois descobri algo mais que a inspiração
Quando ouvi Ivone cantar
E vi toda a poesia pairar no ar
Seu canto entrou na minha vida
E fez o que quis
Hoje até posso afirmar
Samba é minha raiz
Quem nasceu pra sonhar e cantar
E tem sorriso de criança
Pode embalar em cada canto uma esperança
E eu descobri o que é viver
E não é sonho ver
O fruto de tanta maldade desaparecer
Se o mundo inteiro ouvir
Ivone cantar ao alvorecer
(Mas olha)
Olha como a flor se acende
Se o mundo inteiro ouvir
Ivone cantar ao alvorecer
Tiê, tiê
Oia lá, oxá
Se o mundo inteiro ouvir
Ivone cantar ao alvorecer
(Acreditar)
Acreditar eu não
Se o mundo inteiro ouvir
Ivone cantar ao alvorecer
(Liberdade)
Liberdade
Se o mundo inteiro ouvir
Ivone cantar ao alvorecer
Força da imaginação, vai lá
Se o mundo inteiro ouvir
Ivone cantar ao alvorecer
(Sonho meu)
Sonho meu, sonho meu
Se o mundo inteiro ouvir
Ivone cantar ao alvorecer

Dá pra entender?


Sabe a felicidade? A paz?
Sabe a luz, a cor, o mar, o céu?
Sabe a vida?
Sabe?

Nostalgia?

Nunca gostei de sentir saudade. Porque, quando isso acontece, parece que a coisa mais importante da sua vida passou e você ficou parado em algum lugar sentindo falta dessa coisa.
Eu senti saudade durante muito tempo. Saudade de muita coisa. Saudade de você, de mim, do que eu fui um dia, do meu estilo de vida saudável da adolescência, do beijo que dei numa noite louca, da dor que senti quando saí do esporte... Saudade de muita coisa. E, para minha grande surpresa, hoje não sinto saudade de nada. Acho que não consigo mais. E isso é ótimo. Não sentir aquele aperto no peito quando se lembra, quando vê algo/alguém que lembra aquela coisa que você achava ser a mais importante de sua vida é muito bom. Acho que isso é deixar pra trás. Não é?

Espero que sim. Pois não adianta mais fotos, músicas, textos do passado, ou do presente, tentando fazer eu sentir saudade do passado - sabe, o passado?. Acho que fiquei um pouco insensível a isso. Ou penso tanto em sexo que não há mais espaço na minha cabeça pra outra coisa. É, a culpa é dos hormônios.
*Finjo desconhecer os vários motivos do meu esquecimento. Vivo feliz - aliás, muito feliz - com essa amnésia seletiva.