segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Lamento...

Estava eu aqui pensando em escrever algo bonito sobre amor e saudade. Mas acho que já passei desse nível. Não fico mais me lamentando 24 horas por dia por não ter recebido aquela ligação, aquele email, aquela visita, aquele olhar, aquilo tudo que há um tempão atrás era muito presente. Lamentação, aliás, que vem de forma brutal quando eu bebo tequila/vodka/cachaça/afins. Quando isso acontece, não vem só as lembranças boas e ruins, vem a dor no peito, a lágrima nos olhos, a falação ignorante. Me torno uma bêbada chata e repetitiva.

Mas isso nunca mais vai acontecer. NUNCA! Sabe por quê?
Porque é evidente que algo de fato acabou quando você olha para eles. Eles, aqueles dois olhos azuis/verdes/castanhos/zarolhas e já não se enxerga, já não se vê no reflexo deles e já não sente que eles estão em você.

Nâo adianta choro, eu te amo, apertos, se eles persistem em não te ver. Boba é você que no alto de sua ingenuidade parece que vai sufocar se não conseguir ouvir e falar de sua vida com eles. Boba é você que corre como ninguém, mas não consegue desamarrar esse peso que prende seus pés a algum tipo de chão árido e seco.

Não vou falar de amor e saudade, pois isso já não sinto. Também não vou falar de mágoa, pois mesmo sentindo não é legal gastar tempo com isso. Vou falar de tênis.

Djokovic, enfim, venceu um Grand Slam! Eu torço sempre para o Nadal, mas o menino tava merecendo. Ele já merecia no US Open, mas deu o jogo de bandeja pro Darth Federer... E quem diria, Tsonga jogando um bolão! Uma graça por sinal...

Antes da vitória contra Ivanovic na final do Aberto da Austrália - mesmo torneio do qual estava falando aqui em cima -, Sharapova disse que havia recebido uma mensagem de incentivo da ex-tenista Billie Jean King dizendo que campeões se arriscam em suas oportunidades e que a pressão é um privilégio.

É impossível vencer sem se arriscar. E com o tempo, você percebe que também não é qualquer coisa que merece o risco.


*Agora só passo 5 horas do meu dia me lamentando.

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