Será querer demais?
Será pedir demais?
Será poder demais?
Silvinha queria ir à praia. Pediu à mãe que a acordasse cedo e emprestasse o carro. “Tudo bem, tudo bom.” Mas Silvinha acordou e o circo estava formado. E, como sempre, a culpa recaiu sobre ela. Como sempre... Blau!
“Não entendo essa gente que perde tempo se irritando. Se irritando com coisas tão idiotas. Se irritando por prazer. É! O esporte, o hobby dessas pessoas é se irritar!
Eu não me irrito! Quer dizer, não me irrito por coisas bobas. Meu único problema é achar que sou protagonista de um dramalhão mexicano. A mocinha sempre sofre mais do que todo mundo e sempre tem alguém querendo lhe passar a perna.
Não, não, não. Não quero viver num dramalhão. Será pedir demais?
E você? Pode me dar atenção, verdade e amor? Será pedir demais? Eu tive impressão que em algum momento eu tinha tudo isso... Por que agora não há mais? E só o que eu fiz foi continuar gostando demais de você. E depois de tanto tempo e de tanta coisa, ainda gosto muito. Será querer demais? Blau!”
Silvinha não se matou. Silvinha não viajou. Silvinha não foi embora, não largou tudo e todos. Partiu ao meio. E foi dar um passeio no bosque...
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