segunda-feira, 31 de março de 2008

Psiu!

shiiiiiii!
silêncio...

Primeiro, eu escolho o nome: Marcelo. E escolho o outro nome: Marcela. Depois, eu invento:

"Foi um sábado quente. O dia havia sido lindo, quente e ensolarado, claro. Marcelo se sentia muito feliz, com o peito a transbordar de sei lá o que. Ele adorava esses momentos de intensa felicidade e de aparente ausência de razão. Tomou banho, escolheu o perfume que iria usar, se vestiu e saiu de casa. Foi pra night.

Marcelo nunca gostou muito de boate, mas naquele dia tava a fim de dançar, de se acabar, de suar de tanto dançar, de sentir suas pernas bambas de tanto dançar e suar... Enfim, ele só não esperava que houvesse aquela filinha chata de meia-hora pra entrar. Esperou. Esperou. Olhou para a fila, para as pessoas da fila, olhou para o céu, para o segurança fortão, para o menino vendendo balas, chicletes e cigarros, e esperou. Nossa, pareceu uma enternidade... Mas quando o fortão fez sinal para ele entrar, Marcelo esqueceu de tudo e só pensou na pista de dança e nada mais.

Sem pegação, sem bebida, sem amigos. Celo - apelido de infância - só queria dançar e pronto. Mas não é que ao adentrar o tal local de dança e pegação veio na direção oposta uma menina meio mal encarada e cheia de pose. Era Marcela, 1,70, mulata e cheia de amor pra dar, tava ali procurando o namoradinho da noite passada. Ê, menina difícil que não sabe o que quer, não sabia se caía de amores pelo companheiro de trabalho ou se casava com o vizinho francês. Mas, pra ela, não importava a indecisão, o importante era ter opção...

Enfim. Marcelo veio andando de um lado, Marcela de outro. E naquela confusão desses locais feitos para dança e pegação, Marcelo esbarrou - putz, que mané esbarro! Foi um empurrãozão daqueles! - em Marcela e, sem querer, acabou apagando o seu cigarro no braço da menina.

- Aaaaiii!

- Desculpa! Desculpa!

- Aaaaiaaaaaai!

- Caramba, mil desculpas...

Marcelo aflito pegou a menina pelo braço - o outro braço, sem a queimadura de cigarro - e foi procurar algum lugar mais arejado para ajudar a menina - como ele iria ajudar eu não sei, mas foi essa a idéia que passou pela cabeça dele. Chegando lá, no terraço - lugar cheio de sereno e com menos gente - Marcela, com a maior cara de bunda, virou o braço para a luz e observou a queimadura. Marcelo segurou o braço da menina e também olhou para a tal queimadura. Os dois levantaram a cabeça ao mesmo tempo, um para pedir desculpas, outro para reclamar do vacilo do manézão que estava a sua frente. Putz! (putz mesmo) Esta foi uma cena louca. Os dois se olharam - sabe, olhos nos olhos mesmo - e viram sei lá o que mais que raiva e arrependimento. Putz!

Momento louco esse... Sabe quando a íris, a parte colorida do olho, de repente, brilha? Brilha, brilha e brilha? Os olhos brilharam. E não se sabia se era culpa das luzes daquele local de dança e pegação ou se olhos simplesmente resolveram brilhar. Cena louca essa... Putz!

O resto da história já se pode imaginar. Não vou contar porque perde a graça e priva os tais vôos loucos da imaginação. Mas saiba de uma coisa, depois daquele momento, que pareceu tão longo pros dois, Marcelo e Marcela, ou Marcela e Marcelo, nunca mais foram os mesmos. É sério, não tô brincando. O tal brilho provocou uma reação estranha e, de certa forma, permanente.

Taí, às vezes, se muda, se sente e se perde sem querer".


Agora, eu olho o relógio, pros ponteiros dele. Nossa, já é tarde. E, sem mais nenhuma criatividade nem explicação, desejo:

Fim.

sábado, 29 de março de 2008

Terça-feira, Março 11, 2008

A miúda inocência

Entre uma fotografia e outra, uma saudade eterna. Sentia falta do riso, da palavra não dita, das manhãs barulhentas. Sentia falta do colo diário e do abraço que me tornava forte nas piores horas. Sentia muita falta de poucas pessoas.


Aos poucos, as fotos eram guardadas em gavetas da memória. Cada cena como um filme na minha cabeça. Momentos que não voltam mais. Momentos que me ensinaram a ser mais mulher e mais paciente. Pessoas que não me ensinaram absolutamente nada, mas com quem eu pude aprender tudo o que precisava saber sobre todos os tipos bizarros, neuróticos, dramáticos e engraçados.Havia um gosto de saudade de coisas que eu não conhecia. Saudade de rostos que eu nunca vi. Saudade da alegria encenada e da tristeza consentida.

Um mundo inteiro imaginário e a realidade escondida atrás da porta de entrada.

(http://mcorazza.blogspot.com/)
Silvinha pegou sua mala, entrou em sua nave e lançou vôo no espaço. Havia mundos para visitar. Havia seres para conhecer. Silvinha se perdeu em tantas histórias, rostos, por tantas paisagens lindas e hipnóticas que esqueceu o caminho de volta.

Mas deixa estar. Silvinha precisa aproveitar esse momento. Voar pelo espaço, se perder entre as estrelas e deixar-se viver um pouco a vida do outro.

Silvinha sente a dor e a alegria de cada ser com quem compartilha sua vida e ouve as histórias e experiências como se fossem suas.

A viagem continua até quando?
Ninguém sabe. Nem Silvinha.

Quinta-feira, Novembro 23, 2006

É só a vida...

A vida é cheia de escolhas. E cada uma delas tem um preço. Nem sempre a gente ta preparado pra pagar, mas a cobrança chega quando menos se espera. Eu fiz as minhas e tive de arcar com as conseqüências. Tive de aprender a conviver com os meus erros, as minhas decisões e a minha nova vida. Acredito que isso só me fez crescer e ser a mulher que eu sou hoje: cheia de medos de menina e coragem de viver.Tudo começou aos meus dezessete anos. Eu era apenas uma menina, cheia de sonhos e sede de vida. As horas voavam e eu precisava abraçar o mundo. Eu precisava ser livre, ter controle de mim mesma. Acho que decidi cedo demais que seria independente.Como eu sempre quis ser dona do meu nariz, aproveitei o término do segundo ano, passei no vestibular, coloquei minhas trouxas numa mala e caí de pára-quedas em Floripa. Aconteceu tudo tão rápido que até hoje eu ainda não sei explicar o motivo de eu ter vindo pra cá. Eu sequer conhecia a cidade. Como eu acredito em bruxas, acho que deve ser coisa do destino.Bom, eu, que nunca tinha ido ao médico sozinha, me vi sendo estudante, dona de casa e tudo ao mesmo tempo. E eu só sabia fazer arroz. Confesso que em três anos não aprendi grandes coisas da culinária, porque eu adoro é comer e não cozinhar. Mas eu cresci. Aprendi a superar o medo do silêncio absurdo, a solidão dos domingos, a ausência de alguém pra bater um papo ou falar sobre a chatice do meu dia. Aprendi a controlar minhas neuroses, superar as intermináveis enxaquecas e levar a vida um pouco mais à toa. Aos poucos, eu fui deixando de ser uma menina mimada e medrosa para me tornar uma mulher sem muita coragem, mas com firmeza suficiente para assumir seus atos.Os problemas continuaram imensos, mas eu comecei a tentar não me estressar por bobagens. E eu estava sozinha numa cidade onde eu não conhecia ninguém e mal sabia andar de ônibus. Aliás, acho que isso não aprendi até hoje! As dores de estômago foram diminuindo e a saudade de casa sendo controlada.As mudanças chegam sem que você esteja preparada. E de repente, a falta de grana faz com que seu emocional se desestruture. E você precisa continuar sabendo aonde quer chegar e o que você está fazendo, mesmo que não conheça o caminho por onde anda. O fim de um namoro, a distância do seu porto seguro e mais uma vez você está no fim do túnel. E é preciso estar pronto para todas as batalhas se quiser vencer a guerra.De repente eu acordei e me dei conta que terminou. Acabou o curso de faculdade e eu tenho só com vinte e um anos. Realizei meu sonho e sequer sei o que fazer com ele. E ainda fui obrigada a ouvir asneira de alguém que nem me conhece. Mas acredito que o importante não é o que as pessoas falam e sim o que você faz com o que elas falam.Acabou. Meu mundo perdeu o rumo. Me sinto na beira de um precipício. Qualquer passo em falso é mortal. Todas as dores insuportáveis. Cheguei no meu limite de tolerância, criatividade e estresse.O fim dói, mesmo quando significa o início de algo maior. Dói porque vai deixar saudade. Dói e é uma dor inexplicável. Talvez eu nunca mais veja uma maluca passando creme nos braços no meio da aula, ou receba bilhetinhos falando da roupa brega da professora. Vão fazer falta as manhãs passadas na praça de alimentação, as maluquices da turma que virou de amigos, os encontros nos finais de semana, as palhaçadas no meio da aula e da união da turma. Mesmo que essa união tenha acabado bem antes do curso.Acabou! Um novo ciclo se inicia. Boas energias para todos nós...

sexta-feira, 28 de março de 2008

Diariamente


Classificaram o cabelo do negro como cabelo ruim e cabelo duro. O cabelo crespo é diferente, requer cuidados específicos e é mais frágil do que o liso, mas não é ruim ou bom. Fazer um juízo de valor sobre os cabelos é uma maneira clara de discriminação.
*
*
*Ainda tenho muito a dizer sobre isso e espero ter dissernimento suficiente para juntar todas as minhas idéias e opiniões sobre a questão do negro no Brasil e o preconceito racial, sobre as experiências que tive e as que acho que tive, e escrever algo sobre isso sem julgar ninguém nem cair no mesmo erro - esse é o grande desafio.

5.1.08


Ele olhava para Ana como se nada mais existisse ao redor dos dois. Nada mais, ninguém mais. Deliciava-se com o balançar suave dos castanhos fios que emolduravam aquele rosto. E o sorriso naqueles lábios tão doces o faziam ter a certeza de que ali era o local certo para estar; durante quanto tempo? Não sabia e não queria saber, o importante era estar ali. Só isso. Porque existem momentos que valem por uma vida toda, pensou. Como Ana era linda, cada gesto que ela ensaiava o deixava ainda mais apaixonado, ainda mais vivo. Era tudo tão delicado que tinha medo de fazer muito barulho. Um amor conta gotas, pensava. Ana era o realizar sonhos, o encontrar sabores nas esquinas. Ana era aquele cheiro de bolo quentinho que flutuava na fantasia da sua cabecinha durante a infância quando via a mãe abrir o forno. Não queria mais sair dali, não queria mais se despedir de Ana. Tinha medo de ficar longe da mulher que sonhava em ser sua pra sempre, por mais ingênuo e inocente que esse pensamento o caracterizava. Mas sabia que quando estavam longe era gostoso sentir a saudade segura. A certeza de que ainda não tinha sequestrado todo o gosto daquela pele o fazia feliz, o fazia querer mais, sempre mais. Quando Ana vinha em sua direção, percorria seus olhos por todo aquele corpo que parecia flutuar sobre o chão. As curvas dos seios provocavam desejos pecaminosos e leves como a brisa do mar enorme. Sentia seu corpo pulsar ao tocar no sexo de Ana, nas coxas de Ana, no rosto de Ana. E enquanto se beijavam sentiam o relar dos corpos um sobre o outro. Ele puxava os cabelos de Ana, mordia os ombros da mais pura cor. Tocava os seios que sempre o excitavam e sentia que Ana estava totalmente entregue. Ana era pura nos seus pecados. E depois do deslizar dos corpos, se encontravam exaustos. Ele apoiava suavemente a cabeça da sua amada nos seus ombros. Fechava os olhos. A certeza de que tinha que estar ali.

28 de março de 2008




É uma vez, uma forma viva, que entre os blocos de concreto insiste. Besta água que nem mesmo aparecia. Existia onde nem se sabia.


De costas pra quem vê e de frente para o que se é.

Monday, May 29th, 2006

A máxima

Tentei fingir, ignorar, tinha como? Lá estava você, olhares vagos, sorrisos amarelos, e eu numa dor que só, provoquei. Erros, acertos? Se é assim que se diz, é, eu fiz, uma baita cagada! Eu tava pedindo desculpa pra manter algo que não sei ao certo. Ficou na duvida no "tudo bem". E como eu ia indagar isso? Se foi você mesmo quem diz, eu que tive que concordar. Deixando claro, de fato, que a 'concordancia' não era válida para mim. Eu quis barraco. Chorar e rir, no fim. Se é de altos e baixos e fins que se escreve um grande amor? 'Eu procurei, quando não quis' pra cagar, errar, sentir meu estomago embrulhando, e depois, com a boca mais seca que qualquer embriagez e com as mãos tremendo, chegar a máxima; a desculpa. Ou foi uma explicação? Cheio de bla, bla, bla. Então? 'Ta de boa' - com o braço no meu ombro. 'Quase tudo o quanto fosse natural'. Se eu deixei confuso, pelo menos isso foi proprosital. A cabeça, se eu tenho uma, ta em estado de paralisia. Pensar, pensar, pensar, num só nome, num só sorriso, num só beijo, num só abraço, numa grande perda.

março 16, 2008

Não sou do tipo que recebe flores. Sou do tipo que ganha cervejas

quinta-feira, 27 de março de 2008

Domingo, Março 23, 2008

Eu te vi, sem te ver. Não gravei sua expressão, seu olhar, sua roupa e muito menos seus gestos. Demos um jeito de nos separar e acabar com a situação incomoda. Soube que andou pelo salão me procurando com o olhar, provavelmente para ver se eu estava olhando. Subiu e sumiu. Eu, nervosa, só pensava em me divertir. A noite acaba e a consciência só retorna na manhã seguinte.

Quinta-feira, Fevereiro 02, 2006

Florzinha,

Eu não sei parar de pensar em você. Penso todos os dias, todas as horas, durante todas as coisas. Sinto muito a sua falta, meu amor. Escrevi 16 vezes que não poderia te esquecer e nem mesmo percebi. Mas eu percebo que não te esqueço, nunca. Nunca, nunca.

Como eu poderia saber, minha linda, que seria assim? Porque vc não me contou que ia morrer? Porque? Hein? Como pode uma flor tão nova ter murchado tão cedo?

Eu não consigo entender, não consigo pensar em mais nada, a não ser na falta que você me faz. E não pense que acho que vc virou santa só pq foi embora. Eu lembro direitinho da sua chatice, da sua incoveniência, da sua adolescência idiota, das suas imbecilidades sem contexto, que eu achei que eram minhas.

E, pra mim, ficou tudo isso parado no tempo. Parado nos 16 anos que vc ficou aqui, me enchendo a porra do saco. Nas 16 vezes que eu disse que nunca iria te esquecer. Mas acabou, parou, morreu.

Você ficou lá, como uma foto.

Outros mundos

Silvinha, em sua jornada na galáxia vizinha, um dia conversou com sua amiga ET chamada Xuxa - sua mãe havia gostado muito desse nome quando visitou a Terra durante sua lua-de-mel e também gostou do cabelo ensolarado da rainha dos baixinhos, e gostou muito também dos movimentos que o namorado da moça, daquela época, fazia com um objeto redondo e por isso o segundo filho dela se chamava Pelé... Enfim, o caso é que a Xuxa, amiga ET da Silvinha, ouvia o desabafo:

- Ai, Xu, eu não sei se volto pra Terra... Estou meio cansada, sabe... Queria dar uma volta por aí, sentir novos ares... Eu gosto daqui, mas tô cansada de ser perseguida por paparazzes-ets... Ai, eles me sufocam...

- Ué, Silvinha, tem muita vida por aí ainda. Vai dar uma volta pra arejar a cabeça, tem muitos mundos por aí que você tem que conhecer. Vai que eu cuido da sua carreira aqui.

Então, Silvinha resolveu seguir os conselhos de Xuxa, comprou uma nave nova - para viagens - e seguiu o primeiro raio de luz que viu no espaço - lá, as estradas são raios de luz, tipo a BR-101 que te leva pra outro estado ou cidade, mas os raios levam os nomes das estrelas a que pertencem.

E lá se foi Silvinha conhecer outros mundos, viver outras vidas e sentir outros ares...

quarta-feira, 26 de março de 2008

Redefina suas estratégias!

Os dias que se seguem entre 25/03 e 26/04 podem envolver uma sensação de irritação maior, como se você sentisse que está dando murros em ponta de faca. Na verdade, Lílis, este momento envolve a percepção de que você se acostumou demais a usar sempre a mesma estratégia, mas o Marte do céu lhe pede que agora aprenda a considerar que existem maneiras alternativas de resolver os problemas. Que tal refletir sobre isso?

Aqui não!

Desisti de cancelar o blog... pelo menos, por enquanto. Isso aqui é um vício...
= \

**************
Eu não sei o que essas músicas da Ana Carolina têm... rs
Sério, me sinto meio estranha quando ouço... Antes, era tristeza mesmo. Agora, é meio nostálgico... como se eu tivesse deixado algo pra trás e as tais músicas mela-cueca da ana carolina tentassem resgatar. É uma sensação bem estranha.
Então vá se perder
Tudo que eu te disse
Eu nem tinha pra dizer
Os lugares parecem
Te prender ao chão
Teus pés aonde irão
Sem mim?
Ai, meu coração!
Surgiu como um clarão
Um raio me cortando a escuridão
E veio me puxando pela mão
Por onde não imaginei seguir
Me fez sentir tão bem, como ninguém
E eu fui me enganando sem sentir
E fui abrindo portas sem sair
Sonhando às cegas, sem dormir
Não sei quem é você
Dói pra chuchu.
Aqui
Eu nunca disse que iria ser
A pessoa certa pra você
Mas sou eu quem te adora
...
Aqui
Agora que você parece não ligar
Que já não pensa e já não quer pensar
Dizendo que não sente nada
Estou lembrando menos de você
Falta pouco pra me convencer
Que sou a pessoa errada

Ai, ai, ai. Sai pra lá! haha
Cruzes!!
Aqui não, não cabe mais nada disso, não. Agora, sou uma pessoa fria e calculista. Não gosto de músicas mela-cueca. Pô, elas são muuito mela-cueca!

Puutz!

Mas a culpa não é da ana carolina, é da mudança de humor, a culpa é dos hormônios - sempre eles - e do trabalho estressante, com certeza.


*************

terça-feira, 25 de março de 2008

: )

segunda-feira, 24 de março de 2008

Louco tempo

Fez-se mar, sem ar no meu penar
Demora não, demora não.
Vai ver, o acaso entregou alguém pra lhe dizer
O que qualquer dirá
*
*
Nesse mundão louco em que a gente vive, nadar contra a maré, contra a corrente, ou sei lá o que, é muito difícil. Acreditar em algo que ninguém acredita é pior ainda. Mas pensando naquelas ondas, naquele ar, na areia, na minha alma flutuando, é impossível não achar que estou lutando por uma causa justa.
Sabe o amor? Não, não esse amor. Eu falo do amor entre irmãos, amigos, pais, filhos. Sabe? Ele existe de verdade. Não é utopia. Não é sonho. Não é loucura, não. Ele existe sim. Eu vi do alto daquele morro, olhando praquela imensidão, ouvindo o barulho do mar, sentindo o cheiro da grama... Ok, as picadas dos mosquitos atrapalhavam um pouco essa sensação, mas nada que o meu Repelex não pudesse resolver. Enfim, esse tal amor existe de verdade. Era Jah, Alá, Deus ou sei lá mais o que, tava ali, na nossa frente. E é impossível não tentar fazer com que outras pessoas enxerguem e sintam o que eu enxerguei e senti, pois foi muito bom, foi pleno.
Peço que o tempo me leve de volta pra casa. Peço que o tempo nos traga de volta pra casa. E que todos um dia possam se encontrar na frente da nossa casa e sorrir pro futuro, se divertir com o presente e olhar para o passado com o maior orgulho, não das nossas atitudes falhas - nossa, as minhas não foram poucas -, mas da nossa superação.
Ô, tempo louco, doido de pedra, maluco beleza, passa logo e traga bons ventos, tá em suas mãos.
*
Clareira no tempo
Cadeia das horas
Eu meço no vento
O passo de agora

sexta-feira, 21 de março de 2008

Eu sei que a lenha do amor acende essa fogueira


Vou-me embora pra Pasárgada

Vou-me embora pra Pasárgada

Aqui eu não sou feliz

Lá a existência é uma aventura...


E como farei ginástica

Andarei de bicicleta

Montarei em burro brabo

Subirei no pau-de-sebo

Tomarei banhos de mar!

E quando estiver cansado

Deito na beira do rio

Mando chamar a mãe-d'água

Pra me contar as histórias...

: )))


"sou passageiro desse trem
e quem quiser vir com a gente
abre o coração é só cantar

e louvar a Jah.
Não vou levar saudade
não vou levar tristeza, nem a dor
não vou levar a maldade
pois eu sei...
Eu sei que a lenha do amor acende essa fogueira
e o mal da babilônia eu jogo na fogueira."

quarta-feira, 19 de março de 2008

Rasta Courage

Essa é uma das músicas do SOJA que mais gosto.
Acredito que paz pode existir entre as pessoas, mas pra que isso aconteça é preciso que ela exista dentro delas.

Às vezes, pessoas fazem escolhas e têm atitudes inexplicáveis. Mas a única certeza que podemos ter e fazer valer é que estamos no caminho certo, o caminho da verdade, do amor e da paz. Não passo por cima dos meus princípios por ninguém.

Nesse feriado, mando boas energias a todas as poucas pessoas que, às vezes, dão uma espiadinha aqui. Desejo uma boa Páscoa, verdade, amor e luz.


SÓ SE ALCANÇA A PAZ COM VERDADE E AMOR



Try and remember now just what has been done.
Enslavement, displacement of every nation.
And now to one nation, everyone hold their grudge.
Kind of makes me wonder about which side I'm on.
I don't defend white, and I don't defend black.
I defend truth and rights and all of that.
I work on situations where I'm at
Hold my position and never fall of track.

Nah give up my faith!
Though Babylon rage,
I and I will strive until
the end of my days, Rasta Courage
go against society, Rasta courage.

I never give no good vibes
and I never give up no truth.
Never trade my sanity for living in Babylon crew.
Vanity will never drive this man insane.
This man will walk alongside Jah again.
We see all of the pressure to conform today,
And I may sometimes bend,
but only as not to break.
Cause a life of iniquity for laziness' sake
Is a deal with the devil Rasta just can't make.

Looking back now upon all of the evidence
400 years and what those years have
really done, we talk of peace but at the
first sign of war. Bredren and bredren and
sistren ain't sistren no more. Without forgiveness
how will any war cease, while the heathen rage
Rastaman sitting at ease. No one will move a
muscle for some moral justice and with

Nah give up my faith!
Though Babylon rage,
I and I will strive until
the end of my days, Rasta Courage
go against society, Rasta courage.

terça-feira, 18 de março de 2008

Blá, blá, blá

Blá, blá, blá. Blé, blé, blé. Mu, mu, mu. Mô, mô, mô. Tá, tá, tá. Há, há, há. Mé, mé, mé. Sô, sô, sô.
Vá, vá, vá. Dê, dê, dê. Te, nhá, nhá. Dó, dó, dó.

Humm?


Não, não é uma estrada, é uma viagem
Não, não viva tanto a morte
Não tem sul nem norte
Nem passagem

Não olhe, ande
Olhe, olhe
O produto que há na bagagem

Necas de olhar pra trás
O quente com o veneno

É pluft, pluft, pluft, pluft
É ferro na boneca
É no gogó, nenê
É ferro na boneca
É no gogó nenê
É no gogó nenê
É no gogô...

Pitstop

A melhor coisa de se trabalhar em casa é que você pode parar a qualquer momento, conversar horas no telefone, escrever alguma coisa idiota no blog, fuxicar a vida alheia no orkut, ouvir a música mais doce do mundo, bater papo com a prima querida e convencê-la a fazer um brownie de-li-cio-o-so pra você, comer o brownie, olhar pra parede e ficar nesta posição durante horas, mandar beijos pro ar, tirar meleca - eca! isso eu não faço, mas poderia se quisesse -, pensar em como seria legal se o menino fofo que fala bolacha viesse... Também dá pra cortar as unhas do pé, pintar as da mão, se jogar na cama e abraçar o travesseirinho de plumas de ganso (ui!), escrever um poema e achá-lo lindo, se perguntar em voz alta por que não foi ao show do Arlindo Cruz, ficar feliz e sorrir por não ter sentido nada triste no encontro acidental de hoje, cantarolar um samba do Arlindo ou um forró do Raiz, se perguntar por que não foi ao show do Raiz, se lembrar de como o Moska consegue cantar músicas-deprê, e parar e pensar na vida, em como ela é boa, apesar dos percalços, dos enganos, das desilusões, das mil horas de trabalho semanais, dos foras, dos nãos, das grosserias, dos palavrões...

Enfim, a vida é muito boa. Eu até diria que a vida é bela, mas isso já é exagero e pela-saquismo.

Acho que aquele livro sobre buda que li há alguns anos, enfim, está fazendo total sentido.


Eita, tenho que voltar ao trabaio. Até.

domingo, 16 de março de 2008

Ô, iaiá

...Num retrato-falado eu fichado,exposto em diagnóstico
Especialistas analisam e sentenciam:
Deixa ser como será!
Tudo posto em seu lugar
Então tentar prever serviu pra eu me enganar.
Deixa ser, como será!
Eu já posto em meu lugar
Num continente ao revés, em preto e branco, em hotéis.
Numa moldura clara e simples sou aquilo que se vê...

sábado, 15 de março de 2008

Acabou chorare

Nem tudo nessa vida tem que ter sentido. Há algum tempo eu conversei com uma amiga sobre isso, e ela disse que tudo devia ter sentido, que tudo tinha sentido e tal. Mas não acho isso, não.

A verdade é que a maioria das coisas nesse mundão não tem sentido algum. Ou possui um sentido incompreensível para a maior parte da humanidade. E agir sem sentido e seguindo o sei-lá-o-que que se sente é apenas acompanhar a lógica do mundo das coisas, das ações, das pessoas.

Você já ouviu Novos Baianos? As letras não têm nenhum sentido. Mas se você ouvir, por exemplo, O mistério do planeta, e for do tipo que gosta de música brasileira, claro, vai perceber que há uma força que te conduz, te leva a algum lugar em que toda aquela falação louca e acordes e batidas mais loucos ainda fazem total sentido.

Entendeu? Não é que não faça sentido, é que o sentido se encontra no nível dos sentidos, das emoções. Isso, pode dizer, é filosofia de botequim. Mas se isso me move e move outras pessoas não deve ser tão subestimado, não acha?

Queria contar um pouco da minha invisibilidade atual e do carinho que guardo, mas receio que não vá entender ainda. Minha lógica é louca e dá voltas loucas também, creio que ainda não vá entender. Às vezes, o ódio é amor e o amor nunca deixou de sê-lo. Nunca. Ele muda, com certeza, mas não vai embora, nunca nos deixa.

O fato é que nesse caminho que peguei, depois de escolher um dos dois lados da bifurcação, é proibido relegar as próprias vontades, olhar para trás ou parar no acostamento.

Acabou chorare, ficou tudo lindo
De manhã cedinho, tudo cá cá cá, na fé fé fé
No bu bu li li, no bu bu li lindo. No bu bu bolindo.
Talvez pelo buraquinho, invadiu-me a casa, me acordou
na cama. Tomou o meu coração e sentou na minha mão.
Abelha, abelhinha...
Acabou chorare, faz zunzum pra eu ver, faz zunzum pra
mim
Abelha, abelhinha escondido faz bonito, faz zunzum e
mel. Faz zum zum e mel. Faz zum zum e mel.
Inda de lambuja tem um carneirinho, presente na boca.
Acordando toda gente, tão suave mé, que suavemente...
Abelha, carneirinho...
Acabou chorare no meio do mundo. Respirei eu fundo,
foi-se tudo pra escanteio.
Vi o sapo na lagoa, entre nessa que é boa
Fiz zunzum e pronto. Fiz zum zum e pronto.

*Desejo muita paz e amor para você e pros seus.

sexta-feira, 14 de março de 2008

Essa é nossa!

Pode se preparar
Porque a chamada dessa noite é pra você
O baile vai bombar
E a força jovem tá doidinha pra te ver

Escuta o batidão porque o dj daqui é bom
Só saio daqui quando o dj também sair

É hoje que eu vou me acabar nesse bailão
Só saio daqui quando o dj também sair

ninguém me segura eu vou descendo até o chão.
Mas eu só saio daqui quando o dj também sair...

Mexe, remexe e sobe desce sem parar
Dança que dança eu quero ver tu rebolar
A chapa tá quente e a galera vai gritar
Solta o som dj e deixa o pancadão rolar..

(pura poesia...)

Perco mesmo a linha quando toca funk... haha
*Adoro sexta-feira! Fds livre! : )

quinta-feira, 13 de março de 2008

Dando uma de Leni

Fui feliz em todo e cada momento em que pude viver dentro de mim
e, como numa explosão, pude ver tudo acontecer a minha frente
Meus olhos perdidos
Na intensidade da concentração



Estava eu lá no Fluminense dando uma de Leni Riefenstahl.
(Sexta-feira - 7/03/2008)


Um dos meus sonhos, de certa forma, se realizou. Umas das imagens que me vem diretamente à cabeça quando penso em cinema e esporte é Olympia de Leni Riefenstahl. Ela fez esse filme durante a Olimpíada de Berlim - sempre ela - em 1936. A primeira vez que vi acho que foi na aula da Ivana Bentes e nunca pensei que fosse me marcar tanto.

O filme é lindo. A melhor parte é a de saltos ornamentais. Leni produziu técnicas e estéticas fantásticas, me lembra um pouco as esculturas e pinturas renascentistas, pois privelegia muito o corpo humano, seus detalhes, sua forma, sua nudez. Eu, realmente, fico impressionada com a sua capacidade cinematográfica. Apesar de toda a polêmica com seu envolvimento com o governo nazista e todas as questões que isso envolve, eu a considero como uma das maiores cineastas, pois foram poucas as vezes que emocionei vendo um filme deste tipo - sem falas, somente imagens lentas, com planos, às vezes, muito fechados.




Com certeza, se eu tivesse que escolher alguém que me tivesse influenciado na criação do meu curta e em todo esse meu início de carreira - veja bem, digo na parte estética, técnica e coisa e tal - eu diria que foi ela. Ok, falta equipamento, talento, experiência e muitas outras coisas. Mas o objetivo é sempre o mesmo: chegar mais próximo de Olympia.

Ela, até hoje, influenciou e influencia nós - opa! estou me incluindo nessa?? -, comunicadores esportivos.


Para quem não sabe, antes de Olympia, Leni também fez o filme Triunfo da Vontade, que era uma propaganda gritante do governo nazista, apesar de ser também considerado uma das maiores obras do cinema. Talento era o que não faltava a essa mulher. Se quiser saber mais, tem um bando de site por aí que fala sobre ela.

E só para situar, essa atleta que aparece nas fotos é a Juliana Veloso, 27 anos, pratica saltos ornamentais desde os 8 anos mais ou menos, quando também praticava ginástica artística - sua técnica era a Jorgete Vidor! Ela disse que mudou porque nunca teve muito talento pra ginástica, enquanto era bicampeã nos saltos, na ginástica só conseguia algo na competição por equipes. Claro, também foi influenciada por seus pais e irmão, que já foram atletas da modalidade.
[[[A verdade é que muitos atletas de sucesso começaram na ginástica artística. Um bom exemplo é a russa Yelena Isinbayeva, recordista mundial do salto com vara. Ela considera a ginástica um dos esportes mais completos e imprescindível na formação do atleta, pois dá base para a prática de qualquer outro esporte - cara, eu adoro a Yelena. Pra mim, ela a musa dos esportes olímpicos... Enfim, pelo menos nesses dois casos, é óbvio que a ginástica teve um papel importante. Até porque são modalidades que exigem muita flexibilidade, força nos braços, pernas... (um dia desses vou fazer uma pesquisa sobre ginástica artística).]]]
**Juliana foi a primeira medalhista de saltos ornamentais do Brasil em Pan-Americanos, quando ganhou medalha de bronze e prata em Santo Domingo. Também disputou o Pan do Rio e ganhou medalha de bronze no trampolim de 3m, acho. Ela é fera e umas das melhores desse mundão aí.

Voltando ao assunto entrevista, nossa, Juliana foi muito simpática conosco e ajudou no que foi possível. Se um dia eu assessorar a galera do atletismo o primeiro conselho que darei é SEJAM SEMPRE SIMPÁTICOS. Você não sabe a alegria que dá fazer matérias com pessoas desse tipo, dá até vontade de voltar. Que o diga Aline Campeiro, do levantamento de peso, Raff Giglio, do boxe, etc.



*Leni e Juliana. Meio tarde, mas esta foi minha homenagem ao dia das mulheres. Porque, apesar de toda a implicância com esse dia e tal, acho que a gente merece.


ESPORTE COMO ESPETÁCULO?
ESPORTE COMO ARTE!
*

segunda-feira, 10 de março de 2008

VAGABUNDO NÃO É FÁCIL


Se não tivesse com afta até faria, uma serenata pra
ela,
que veio cair de morar em cima da minha janela.

De cima, deitada, acordada, sentada na cama,
espantando os mosquitos, enquanto eu faço um remédio
da minha cabeça.

Misturando mel de abelha com bicarbonato de sódio, só
pra deixar a garganta em dias cobrindo sua surdez e
porque ja somos pessoas sem ódio.

E no mais, tudo na mais perfeita paz, sendo que eu
assumo isso mesmo quando se diz que já acabou, ainda
quero morrer de amor.

Vá se arranque da minha janela, assim a tomar a frente
do sol, ta pensando que tudo é futebol.

Ao menos leve uma certeza, você me deixa doído, mas só
não me deixará doido porque isso sou, isso eu já sou.

Brincando com a vida

Uma amiga uma vez me disse que eu não deveria brincar com a vida. O que tenho que fazer é deixar as coisas acontecerem e fazer aquilo que me deixa feliz.

Ok, ok. Mas não há como não brincar com a vida. Logo com ela, que me fez de joguete tantas vezes... Essa ciranda é perigosa, porém, mais uma vez, vou pagar pra ver.


Há ainda muitos tombos pela frente, o que muda é o tamanho da queda.

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Não se engane. Não sinto saudade de ninguém, não.

Diz uma lenda que essa música foi cantada por três meninas na beira de uma lagoa. Numa noite de verão, com as luzes da cidade refletidas na água, com o céu estrelado e com aquela brisa tocando seus rostos, elas cantaram. Enquanto desvendavam enigmas de ferro e ouviam, ao fundo, um triângulo e uma zabumba, aquelas três meninas, por um segundo, viram e tocaram a felicidade, descobriram que prisão é a gente quem cria... e cultiva.

Não se admire se um dia
Um beija-flor invadir
A porta de sua casa
Te der um beijo e partir
Fui eu que mandei o beijo
Pra matar meu desejo
Faz tempo que não te vejo
Ai, que saudades d'ocê


Se um dia você se lembrar
Escreva uma carta pra mim
Bote logo correio
Com frase dizendo assim
Faz tempo que não te vejo
Quero matar meu desejo
Te mando um monte de beijo
Ai, que saudades sem fim


E se quiser recordar
Aquele nosso namoro
Quando ia viajar
Oce cai no choro
E eu chorando pela estrada
Mais o que eu posso fazer
Trabalhar é minha sina
E eu gosto mesmo é d´ocê


Te desejo uma boa semana. Muita paz - sempre ela -, amor e luz.

domingo, 9 de março de 2008

Semente

Pô, ninguém gosta dessa música, mas eu me amarro nela. É bem bobinha, com certeza. Mas é tãooo bunitinha e alegre. É música pra ouvir quando tá alegre com a vida. Tipo, feliz. E gostando muito de gente também. Adoro gente. E tô procurando minha semente. haha

Elisa, você vai adorar esse post, com certeza. Lhe dedico... haha

*Todo mundo gritando comigooo:

Ahhhhhhhhhh!! : ))

Semente!!

Semente, semente, semente, semente, semente
Se não mente fale a verdade, de que árvore você
nasceu?
Semente, semente, semente, semente, semente
Se não mente fale a verdade, de que árvore você
nasceu?

De onde veio? De onde apareceu?
Por que que o meu destino é tão parecido com o seu?
Eu sou a terra, você minha semente
Na chuva a gente se entende,
é na chuva que a gente se entende.

Semente eu sei, tem gente que ainda acredita
e aposta na força da vida e busca um novo amanhecer
Lá vem o sol, e agora diga que sim
semente eu sou sua terra, semente
pode entrar em mim.

Se conseguir, aquilo que você quer
e conseguir manter a nobreza de ser quem tu é
tenha certeza que vai nascer uma planta
que a flor vai ser de esperança de amor pro
que der e vier...



*Adoroo!

quinta-feira, 6 de março de 2008

Hipótese

E se Deus é canhoto
e criou com a mão esquerda?
Isso explica, talvez, as coisas deste mundo.
*
E se o mundo parasse de girar ao redor do Sol
E passasse a girar ao redor de qq outra coisa brilhante
E esse ser aqui simplesmente passasse a fazer o que quer
E a manipulação, antes tão óbvia, não existisse mais
*
*
É só uma hipótese, mas pensa bem se tudo isso fosse verdade. Você aceitaria nenhuma explicação e apenas a minha vontade?

Mudanças

O que mais vem por aí? Tava aqui pensando... nessas mudanças que acontecem com a gente... "A gente muda sem querer, por querer, por mudar, sem viver, por ser".
Isso aqui já está virando um diário, o que faz, às vezes, eu me arrepender de ter tornado esse blog um pouco (bem pouco, aliás) conhecido. Mas, entenda, eu tenho vontade de escrever o tempo inteiro. Sejam idiotices ou não. Eu gosto. E lá vou eu mais uma vez aqui, tentando entender o que se passa.
- O que se passa? O que mais vem por aí?
- Ah, meu bem, eu não sei.
*
Não sei você, mas eu sempre vivi esperando que algo de extraordinário acontecesse. Sabe, achando que a vida é um seriado de tv. Quando eu era mais nova até pedi a Deus por isso... rss como se pode ser tão idiota? Isso também me faz lembrar a vez que chamei Deus de viado... me culpei durante anos a fio por isso, até perceber que não era algo ruim... Ai, ai... como pode?
*
A verdade é que eu mudei pra caramba. Mudei tanto que às vezes até esqueço. Sabe, eu não confundo mais Jacarepaguá com Guarapari, nem Ribeirão Preto com Bento Ribeiro, muito menos palmeira com palmilha. Eu mudei, ainda me perco pelas ruas e avenidas do Rio de Janeiro, mas hoje eu sei onde fica a Uruguaiana, a Buenos Aires, a Voluntários... e duvido que eu vá parar, por engano, em Niterói novamente.
É, certas coisas mudam mesmo. Mudei de salão, saí da academia, mudei de estágio, de computador, mudei de provedor, tirei o aparelho, perdi um pouco da paciência...
Enfim, eu mudei mesmo. Mudei pra valer.
Agora eu me confundo com outros nomes:
- Tem um menino no meu estágio que mora em Clodovil.
- Cordovil, sua burra!!
Me perco em outras ruas:
- Onde fica a Heitor Beltrão?
- Você estudou nessa rua durante 5 anos...
E, no máximo, vou parar sem querer em Bangu.
*

quarta-feira, 5 de março de 2008

Remando contra a maré



Fabiana Beltrame

1ª remadora brasileira a ir para uma olimpíada
*
O remo já foi um dos esportes mais populares do país. Vasco e Flamengo são clubes que começaram suas histórias com este esporte, que há mais ou menos 50 anos veio perdendo espaço e se tornou praticamente desconhecido.
Fabiana se tornou a primeira brasileira a participar de uma olimpíada em Atenas/2004, na categoria single skiff - é esse aí, de um lugar só - e consegui a 14ª colocação . Em 2008, ela não será a única atleta de remo brasileira em Pequim, Camila Carvalho e Luciana Granato serão as primeiras brasileiras a competirem na categoria double skiff - um barquinho parecido com esse, mas de dois lugares - em alguma olimpíada.
Fabiana nasceu em Florianópolis e começou a treinar em 1997, com 15 anos. Desde 2006, ela compete pelo Clube de Regatas Vasco da Gama, no Rio.
O remo é um esporte de tradição e de vasta história, possui muitos atletas no Brasil, porém pouco investimento. Por isso, é difícil competir com atletas de outros países, que investem de intensamente na formação de atletas, desde a infância. Aqui, quem é atleta rema contra a maré, contra uma cultura que não valoriza a formação de indivíduos, pouco preocupada com o futuro.
*
Bom, depois de muitas indas e vindas, consegui entrevistar a Fabiana e fizemos imagens fantásticas dela remando no meio da Lagoa Rodrigo de Freitas. Subimos no barquinho motorizado e fomos atrás dela, rodamos a lagoa. O dia tava lindo. Acho que posso dizer que foi um dos melhores momentos que tive até agora nessa minha labuta: a gente no meio da lagoa, rodeados pela cidade e com um céu azul quase portinari (rs), com a imensidão acima de nós. Muito bom.

terça-feira, 4 de março de 2008

Listinha para os próximos 5 anos

Então, passada a deprê e a incessante volta ao passado, vamos falar de futuro.

Aqui vai a minha listinha de coisas que quero ter nos próximos 5 anos:

- sexo
- carro
- 2 mil por mês
- corpo sarado
- relação estável
- açaí todo dia
- batedor de açaí
- brownie todo fds
- exercício físcio todo dia
- mais amor
- mais indiferença
- a mesma curtição
- amante francês
- marido italiano
- bermuda da beyoncé
- francês fluente
- inglês fluente
- casa na grécia
- emprego (sim! eu gosto de trabalhar!)
- cachorro
- cabelos sedosos
- pele sedosa
- bronzeado permanente
- muito surf
- mais comida natureba (sim! eu sou no fundo, bem lá no fundo, muito natureba!)
- e pra fechar, beijo na boca todo dia e 1 milhão de reais na poupança ouro.


Bom, até que é pouco.

domingo, 2 de março de 2008

Sobre o que eu nunca quis falar

Faz quase um ano. O dia estava lindo. Sol, calor, céu azul. Eu acordei por voltas das 9h, como sempre, com alguns berros da minha mãe. Eu não queria ir pro estágio e não fui. Por mim, na verdade, nem teria levantado da cama. Mas levantei, tomei um banho e deitei no sofá para ver tv. Lembro bem, liguei na Warner e passava Friends.
Acho que fiquei umas três horas deitada naquele sofá vendo tv. Tava eu lá com minhas idéias, pensando no meu calvário... pensando. Até que resolvi ir até meu quarto e os vi em cima da minha bancada. Quantos eram? 25, 30 talvez. Foram todos juntos, de uma só vez.
Dizer o que senti e o que sentia para tanto é impossível. Mas, afinal, quem nunca quis e quem nunca fez algo desse tipo? Eu só tive um pouco mais de coragem e, com certeza, foi o pior dia da minha vida e uma sensação que não quero sentir nunca mais.
Segundo o médico, eu era uma aberração, pois ainda estava de pé. Os espasmos, a moleza no corpo e a tontura duraram 24 horas.
Sabe, esse dia mudou minha vida, acho. Sempre que sinto que estou ficando meio triste penso nele e lembro que não vale a pena. Penso na minha saúde, na minha família, nos meus verdadeiros amigos. Como seria? Poxa, não valeria a pena. Não valeu.
Talvez isso aqui seja um desabafo, um exorcismo. É, acho que é isso. E um exemplo de que atitudes extremas em situações extremas não levam a nada, só pioram as coisas.
Nesse dia eu tive uma das maiores provas de amizade. Ele acredita que foram energias ruins que me tomaram. Acho que também acreidto nisso. Mas o que importa é que, seja lá o que for, passou. E passado, graças a Deus, não volta, sentimentos bons ou ruins não voltam e, quando a gente quer, situações não acontecem novamente.
A segunda chance, no caso, não é só para a presença. A segunda chance aqui é para a ausência de ação, para a minha ausência, para o esquecimento. Pois, cá entre nós, me fazem muito mais feliz.
É por isso que eu adoro quando me perguntam:
- Então, lilu, como c tá?
E eu posso dizer de boca cheia e com um sorrisão:
- Vou muito bem.

sobre a loucura que me persegue

Ao menos leve uma certeza, você me deixa doído, mas só
não me deixará doido porque isso sou, isso eu já sou.

sábado, 1 de março de 2008

Meus super-poderes

Eu não lembro ao certo a primeira vez que fiquei invisível. Acho que foi lá pelos 14 anos que descobri que tinha esse dom. No começo, achei legal. Eu poderia me tornar um super-herói, tipo mulher-maravilha, power rangers, mulher-gavião, flash, batman, super-shock... Pensei até em tentar uma vaga na liga da justiça. Imagina, super-lilu salvando a humanidade? Eu invadiria reuniões secretas, perseguiria bandidos e acharia cativeiros sem ser percebida. Poderia até achar o Bin Landen. Usaria meu poderes de invisilidade pra muita coisa. No início, achei que seria ótimo e fiquei muito feliz por ter descoberto meus poderes.

Mas, assim como o homem-aranha, descobri que ter super-poderes nem sempre é legal. Ainda mais quando você não possui controle sobre eles. Percebi que meus super-poderes funcionam mesmo quando eu não quero. Comprar roupa em lojas do shopping, atravessar a rua , xavecar. Sempre fico invisível nessas situações. Assim, fácil. Há situações também em que minha voz some, como se o som que minhas cordas vocais reproduzem tivesse algo mágico e também conseguisse, de certa forma, ficar imperceptível.
Sei que muitos adorariam ter os meu poderes. Mas ser um mutante - também gostaria de fazer parte do X-men - nem sempre é legal. Claro, você também pode tirar muito proveito e chegar a pensar até que vale a pena. Mas não, não vale. Eu não tenho roupa de super-herói - apesar da minha máscara vermelha e de a minha mãe ter feito uma capa pra mim no carnaval. Eu não tenho muitos fãs. E nem saio como heroína nas capas dos jornais. Tudo bem, tenho uma identidade secreta, mas não tenho uma Louis Lane e nem um Lanterna-verde como paqueras. E me sinto sempre na obrigação de ajudar uma pessoa indefesa.
Entende? "Um grande poder acarreta grandes responsabilidades”. Tenho que sempre estar antenada e não deixar que ninguém perceba meus poderes. É meio difícil e chato, às vezes. Mas se tem tanta coisa pra fazer e se preocupar que nem dá tempo de ficar encanado.
Bom, já que eu sou asism mesmo e não tem como fugir (homem-aranha 3, aprendi muito com esse filme), vou encomendar uma roupa maneira, tipo a da mulher-gavião. Afinal, usar calcinha por cima da roupa ou um maiô como super-roupa não é legal... nem fashion. Apesar que ninguém vai ver a roupa mesmo... Ah, vou conversar com aquela menina do quarteto fantástico e ver se consigo uma roupa emprestada.
Eu quero velhos panos
Cores mil
Porque pra cima de "moi"
Só confecções
Porque o corpo mesmo
Está por dentro da pele
E por uma descoberta
Eu sou nua em cima da parede a rua