A miúda inocência
Entre uma fotografia e outra, uma saudade eterna. Sentia falta do riso, da palavra não dita, das manhãs barulhentas. Sentia falta do colo diário e do abraço que me tornava forte nas piores horas. Sentia muita falta de poucas pessoas.
Aos poucos, as fotos eram guardadas em gavetas da memória. Cada cena como um filme na minha cabeça. Momentos que não voltam mais. Momentos que me ensinaram a ser mais mulher e mais paciente. Pessoas que não me ensinaram absolutamente nada, mas com quem eu pude aprender tudo o que precisava saber sobre todos os tipos bizarros, neuróticos, dramáticos e engraçados.Havia um gosto de saudade de coisas que eu não conhecia. Saudade de rostos que eu nunca vi. Saudade da alegria encenada e da tristeza consentida.
Um mundo inteiro imaginário e a realidade escondida atrás da porta de entrada.
(http://mcorazza.blogspot.com/)
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário