segunda-feira, 24 de março de 2008

Louco tempo

Fez-se mar, sem ar no meu penar
Demora não, demora não.
Vai ver, o acaso entregou alguém pra lhe dizer
O que qualquer dirá
*
*
Nesse mundão louco em que a gente vive, nadar contra a maré, contra a corrente, ou sei lá o que, é muito difícil. Acreditar em algo que ninguém acredita é pior ainda. Mas pensando naquelas ondas, naquele ar, na areia, na minha alma flutuando, é impossível não achar que estou lutando por uma causa justa.
Sabe o amor? Não, não esse amor. Eu falo do amor entre irmãos, amigos, pais, filhos. Sabe? Ele existe de verdade. Não é utopia. Não é sonho. Não é loucura, não. Ele existe sim. Eu vi do alto daquele morro, olhando praquela imensidão, ouvindo o barulho do mar, sentindo o cheiro da grama... Ok, as picadas dos mosquitos atrapalhavam um pouco essa sensação, mas nada que o meu Repelex não pudesse resolver. Enfim, esse tal amor existe de verdade. Era Jah, Alá, Deus ou sei lá mais o que, tava ali, na nossa frente. E é impossível não tentar fazer com que outras pessoas enxerguem e sintam o que eu enxerguei e senti, pois foi muito bom, foi pleno.
Peço que o tempo me leve de volta pra casa. Peço que o tempo nos traga de volta pra casa. E que todos um dia possam se encontrar na frente da nossa casa e sorrir pro futuro, se divertir com o presente e olhar para o passado com o maior orgulho, não das nossas atitudes falhas - nossa, as minhas não foram poucas -, mas da nossa superação.
Ô, tempo louco, doido de pedra, maluco beleza, passa logo e traga bons ventos, tá em suas mãos.
*
Clareira no tempo
Cadeia das horas
Eu meço no vento
O passo de agora

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